AH! AS MULHERES

26/10/2012 18:21
DEDICADO A LUIS FERNANDO VERÍSSIMO E CHICO BUARQUE DE HOLANDA
(exploradores do universo feminino)

 
 
 
Se você quiser cuidar de uma mulher,
precisa primeiro encontrá-la,
Elas estão sempre protegidas 
dentro dos seus esconderijos,
Querendo ser surpreendidas, reveladas,
São meninas querendo ser encantadas.
 
Gostam de mistérios, 
sapatos, exageros.
Compre calcinhas, mimos, 
flores... sem motivos,
Seja cafajeste, por um tempo, 
bata na cara se pedirem.
Nunca revelam seus desejos, 
é seu dever descobri-los.
 
Se você quiser que 
ela aceite o seu amor, 
liberte-a de seu ciúme,
Ame-a em segredo, 
nos gestos sutis, 
entre olhares,

Deixe que ela duvide 
do que você sente,
São indefesas 
diante de uma escolha, querem testemunhas,
Nunca acredite em suas lágrimas,
é uma armadilha.
 
Preste atenção nas unhas, 
nos cabelos, nos vestidos,
Aprenda a elogiar, fazê-las rir, 
afagar os seus cabelos,
Ande de mãos dadas, 
abrace-as no frio, 
desnude-as cuidadosamente,
Não olhe os detalhes do seu corpo, 
olhe sempre nos seus olhos,
São inseguras quando nuas, 
desde o pecado original.
 
Mulheres são manequins, 
equilibristas, bailarinas.
Vivem nos espelhos, passarelas, 
em portas de guarda roupa.

É um enfeite que se oferece, 
quando apaixonadas,
É um deleite que se prova, 
quando permitido,
É um veneno que se bebe 
quando provocadas,
 
Mulheres vivem em bando 
se espelhando,
Ás vezes sozinhas, 
chorando a tarde toda,
Por uma roupa que não cabe mais,
Por um poema no fundo de uma gaveta
Por uma cena de novela, 
uma besteira qualquer.
 
Mulheres são assim, 
mas não se engane.
São astutas, articuladoras, perigosas.
Já destruíram impérios, 
heranças, corações...
Já foram vilãs, espiãs 
e sempre serão poderosas.
Podem conduzir o mundo 
com o poder da sedução
 
Não se engane, 
não precisam somente de carinho,
Querem atenção, 
que você as escute entusiasmado,
São guerreiras quando mães, 
Predadoras quando famintas
Prostitutas quando amadas,
Oferecem o colo pra ninar,
mas querem um ombro 
pra descansar e serem abraçadas,
quando exaustas da condição 
de uma mulher.
 
Por Marivaldo Silva