Após indicativos de greve e protestos da categoria médica federal em 14 estados brasileiros por conta da redução salarial de aproximadamente 50% prevista na Medida Provisória 568 que tramita no Congresso Nacional, o governo decidiu voltar atrás. Conforme a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ocorreu um erro na edição da medida, o qual será corrigido, mantendo os salários como estão atualmente.
A correção ocorrerá durante a tramitação na Câmara e no Senado, garantiu a ministra. A MP trata do reajuste para funcionários federais de diversos setores e, no caso dos médicos federais, o que era pago por jornadas de 20 horas semanais passaria para 40.
O senador pelo Amazonas Eduardo Braga (PMDB), relator da MP, informou que irá inserir no seu parecer uma tabela salarial específica para a categoria, pondo fim no mal entendido e desvinculando os médicos da tabela da Previdência, Saúde e Trabalho (PST).
O senador frisou, ainda, que aos profissionais médicos terão a chance de terem dois contratos simultâneos de 20 horas, preservando a Lei 9.436 de 1997, a qual torna possível a estes profissionais a dupla jornada, benefício estendido integralmente a aposentadorias e pensões.