A cheia dos rios Negro, em Manaus, e Solimões nos Municípios de Anamã (a 168 quilômetros de Manaus) e Careiro da Várzea (a 29 quilômetros), trouxe nesta terça-feira (29) uma nova rodada de transtornos para moradores e autoridades.
Enquanto na capital trânsito e transporte na região do Centro sofreram grandes modificações, no Careiro a briga foi por mais recursos do programa Amazonas Solidário. Em Anamã, o desafio foi alugar barcos para abrigar as famílias retiradas de suas casas.
A contrário do Careiro da Várzea, onde a Defesa Civil abrigou as famílias em balsas, nas duas áreas mais afetadas de Anamã duas mil famílias foram morar em barcos alugados.
Em cada um deles foram alocadas até 25 famílias. “Nós já estamos com sete barcos alugados. Elas estão recebendo alimentação, abrigo e o necessário para sua sobrevivência”, disse o prefeito do município, Jecimar Pinheiro Matos (PSD).
A estimativa é de que os desabrigados fiquem por até um mês e meio nos barcos. A maioria da população permaneceu nas casas vivendo em marombas. Nas ruas, as famílias usam canoas doadas pela prefeitura.
Amazonas solidário
O Município de Careiro da Várzea espera receber mais 1,5 mil cheques do Governo do Estado para atender as famílias afetadas pela enchente. De acordo com a Defesa Civil do Careiro da Várzea, cerca de 4,5 famílias foram atingidas diretamente pela cheia do rio Solimões, mas o município foi contemplado, até o momento, com 2.681 cheques no valor de R$ 400, cada.
“Já entregamos essa primeira remessa que solicitamos quando o município estava em situação de emergência. Agora, em estado de calamidade pública, solicitamos mais benefícios ao governo e esperamos que sejam concedidos 1,5 mil cheques. Mas não temos previsão de quando essa ajuda será entregue ao município”, disse o chefe da Defesa Civil de Careiro da Várzea, Carla Duarte. O município está com 95% de seu território alagado.