Moradores da zona leste fazem protesto por conta da falta de energia

01/11/2012 06:33

O movimento teve início por volta das 17h, na avenida Solimões, mas foi interrompida com a chegada do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Rocam e uma do Ronda no Bairro

Manaus – Após cerca de 20h sem luz, moradores do bairro Jardim Mauá, zona leste, atearam fogo em oito pneus e em pedaços de madeira a fim de chamar atenção das autoridades para o apagão que atingiu aproximadamente 1.100 moradores da rua 13.

O movimento teve início por volta das 17h, na avenida Solimões, mas foi interrompida com a chegada do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Rocam e uma do Ronda no Bairro.

Segundo o morador Paulo Oliveira, de 54 anos, a concessionária Eletrobrás Amazonas Energia informou, por telefone, que uma equipe ia comparecer até às 20h desta quarta-feira (31) para restabelecer o sistema elétrico da área.

“Estamos sem dormir por causa do calor e de carapanãs. Não tem condições. Tenho comércio e muitas mercadorias estragando lá”, comentou o comerciante. “Quando eu liguei pra Eletrobrás, eles falaram que não iam vir porque muita gente aqui faz gato na energia. Agora nós vamos pagar por eles”.

Sem luz, os moradores também tiveram que enfrentar a falta de água na região, deixando crianças e idosos em pouca condição de higiene. “Só temos água se tivermos luz, porque, aqui, é com bomba”, esclareceu Francisco Pará, que mora há seis anos no local.

Segundo Francisco, caso a luz não volte até as 20h, os moradores estão dispostos a continuar o protesto e até criar uma barreira humana impedindo o tráfego da avenida. “Fizemos um acordo com eles. O prazo é 20h. Até uma viatura do Ronda no Bairro está na área e só vai embora quando a Eletrobrás vier”, avisou.

No site da concessionária, a empresa informou que já conseguiu restabelecer 95% da rede elétrica de Manaus, utilizando um efetivo de 400 técnicos.

Do total de 60 alimentadores (circuitos de 13.800 volts) que haviam sido desligados em virtude do temporal ocorrido na noite desta terça-feira (30), 51 foram normalizados”, informa o site.

Segundo a assessoria, a Amazonas Energia está priorizando os pontos mais críticos da cidade como as áreas que possuem grande número de escolas ou hospitais. A assessoria informou, ainda, que todas as áreas da cidade serão atendidas, mas não há prazo definido.