Obama marca primeiro comício em campanha pela reeleição nos EUA

Washington - A equipe da campanha de reeleição do presidente americano, Barack Obama, anunciou na quarta-feira que o democrata e sua mulher, Michelle, farão o primeiro comício da campanha de 2012 na semana que vem, marcando claramente o início da corrida eleitoral contra o provável candidato republicano, Mitt Romney.

Os comícios serão realizados em 5 de maio em Ohio e Virgínia, dois Estados importantes para a estratégia de Obama de se manter na Casa Branca após a eleição de 6 de novembro.

"Bem-vindo à eleição geral", disse o gestor da campanha de Obama, Jim Messina, em conferência por telefone com jornalistas.

"Os republicanos escolheram seu candidato - ou devo dizer, aceitaram seu candidato", disse ele, referindo-se à difícil disputa de Romney nas primárias.

A campanha de Obama foi lançada no ano passado e o presidente vem realizando eventos de captação de recursos e eventos oficiais com subcorrentes eleitorais há meses, mas ele ainda tem de fazer os grandes comícios com milhares de pessoas, como os que marcaram sua jornada de sucesso em 2008 para a Presidência.

Republicanos disseram que Obama tem usado o dinheiro do contribuinte para financiar sua campanha por meio da realização de eventos da Casa Branca com base em temas que ajudarão a definir a eleição. A campanha de Obama e a Casa Branca rejeitaram estas acusações.

Messina disse que a transição de Obama para a realização de mais eventos oficiais de campanha seria gradual.

"Obviamente o presidente tem uma rotina diária movimentada, e nós vamos continuar marcando eventos de campanha onde acharmos que for apropriado", disse Messina. "Isto é obviamente o início desse processo."

O anúncio foi notável por algumas razões. Em primeiro lugar, a inclusão de Michelle Obama. A primeira-dama tem altos índices de aprovação, e tê-la com o presidente nesse tipo de evento ajuda a transmitir parte dessa popularidade para seu marido.

Em segundo lugar, os locais dos comícios. A escolha de Ohio e Virgínia sinaliza que a campanha vê os Estados como cruciais e vulneráveis na corrida contra Romney.