Reuniões determinam fim da paralisação dos ônibus em Manaus

10/04/2012 12:28

Encontros aconteceram no no MPT/AM e Prefeitura de Manaus e, em ambos, foi determinada a suspensão imediata da paralisação dos ônibus.

Por Marivaldo Silva

Manaus – A paralisação da frota de ônibus em Manaus está próxima do fim. Em reunião realizada no Ministério Público do Trabalho na manhã desta terça (10) definiu a suspensão da paralisação que afeta o transporte coletivo da cidade.

A reunião contou com a presença do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Amazonas, Jeibson dos Santos, e membros dos motoristas e cobradores de ônibus que apoiavam a greve.

O procurador-chefe do MPT/AM afirmou que o líder da paralisação foi o ex-presidente da Junta Governamental do Sindicato da categoria, Josildo dos Rodoviários, e que, caso após a reunião, a greve não seja suspensa, ele irá responder judicialmente pelos atos.

Jeibson ainda afirmou que está foi “a greve mais esdrúxula que já viu em Manaus”, pois, segundo o procurador-chefe, nem, ao menos, foi feito uma pauta de reivindicações da categoria.

Os rodoviários presentes à reunião se comprometeram a liberar os ônibus das garagens e afirmaram que entregarão em breve uma pauta com as reivindicações da categoria.

Reunião na Prefeitura de Manaus também define fim da paralisação

Também foi realizada uma reunião no manhã desta terça (10) com o atual prefeito em exercício de Manaus, o juiz Lafayete Carneiro Vieira Júnior, com membros da Polícia Militar, Manaustrans, SMTU e Gabinete Militar. No encontro, também foi definida o fim imediato da paralisação. 

O atual prefeito determinou a liberação imediata dos ônibus das garagens e afirmou que a situação deve estar normalizada até às 12hrs. Lafayette declarou que considera a greve dos rodoviários realizada na manhã desta terça ilegal e que o Ministério Público do Trabalho deverá tomar medidas sobre o caso.

O prefeito ainda declarou que a volta dos ônibus às ruas será monitorada pelos técnico da Prefeitura.

Paralisação afetou 500 mil pessoas em Manaus

Cerca de 10 mil rodoviários se recusaram a trabalhar, prejudicando cerca de 500 mil pessoas que utilizam o transporte público em Manaus. Paradas e terminais ficaram lotados de passageiros, enquanto os ônibus continuavam nas garagens.

Francisco Bezerra, chefe da junta governativa do Sindicato dos Rodoviários, apontou o ex-presidente do sindicato, Josildo dos Rodoviários, como o responsável pela mobilização. Segundo Bezerra, Josildo participava da Junta, mas foi afastado ontem (segunda-feira) pela Justiça.

Em entrevista na manhã desta terça (10), o diretor administrativo da linha Ouro Verde, Paulo Emerson, afirmou que os trabalhadores não aceitam a nova junta governativa do Sindicato dos Rodoviários, liderada por Francisco Bezerra, que foi retirada pela Justiça em uma liminar expedida na noite de segunda (9). Ele ainda afirmou que os trabalhadores só voltarão ao trabalho quando a Justiça se posicionar sobre o caso.

Representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Manaus (Sinetram) também condenaram à greve e defenderam intervenção judicial para que os rodoviários voltem a trabalhar.

O presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Ivson Coelho, informou, em entrevista a uma rádio local, que a greve é ilegal, pois, a paralisação afeta quase todo o sistema, quando a lei permite que, pelo menos, 30% dos ônibus estejam circulando. Além disso, ele falou que a paralisação aconteceu sem a realização de uma assembleia e não houve aviso prévio à Prefeitura de Manaus.

Paralisação dos rodoviários afeta mais de 1 milhão em Manaus; veja fotos

Movimento grevista ocorre em todas as zonas de Manaus. O movimento grevista começou por volta das 4h.

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