Rio Negro atinge casas na Zona Sul e moradores protestam, em Manaus
Casas das proximidades do Igarapé do São Raimundo estão alagadas.
Moradores exigem providências dos representantes do Governo do Estado.
Moradores das proximidades do igarapé do São Raimundo, na Zona Sul da capital, atearam fogo em pneus e madeira e interditaram, por cerca uma hora, a rua Lourival Muniz na manhã desta sexta-feira (27). Os manifestantes exigiram resposta do Governo do Estado em relação às casas alagadas por causa da subida do nível das águas do rio Negro.
De acordo com o morador Ailton Armando, os moradores estão saindo pelo telhado, não têm para onde ir e esperam o cumprimento das promessas feitas pelo poder público. "Eles disseram que não iam dar madeira para fazer ponte nem maromba, mas prometeram que iam remover as famílias e dar apoio quando subisse a água. Não se tem nem previsão e, enquanto isso, as pessoas estão saindo pelo telhado por causa da água", afirmou.
Segundo a moradora Ivanete Batista, o filho dela, de quatro anos, quase morreu afogado nesta quinta-feira (26). "Meu filho quase morreu porque ao redor da minha casa está horrível e ninguém anda direito por conta da água. Os becos estão todos alagados".
A moradora Osana da Silva explicou à reportagem do G1 que precisou sair de casa. "A água está com mais de um metro e não tem como ficar lá. Eles prometeram que iam tirar a gente de lá e até agora nada. Está com cinco anos que é só promessa", disse.
Após cerca de uma hora de protesto, agentes do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans) dispersaram os manifestantes, mas os moradores continuaram à espera de representantes do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamin).
Apoio da Defesa Civil
Os moradores receberam madeira para a construção de pontes e passarelas, segundo a Defesa Civil do município. A distribuição iniciou nesta quinta-feira (26) . De acordo com o subcomandante da Defesa Civil, Ary Renato, um estudo feito pelo órgão mostrou que a construção das marombas apresenta risco à vida das pessoas, já que a maioria das casas não tem condições de receber um piso extra, podendo desabar por causa do peso.